Vamos pendurar nossas poesias?

Nosso Varalzinho de Sonhos!


Esse blog é um espaço criado pelo poeta Tárcio Costa, dedicado a literatura de cordel para o público infantil. Aqui você encontra as mais belas histórias tal como temas voltados a educação e cultura para os pequeninos. O poeta possibilita ainda aos pais e professores a encomenda de cordeis personalizados, ou seja, com temas pré-definidos. Nesse caso basta entrar em contato pelo e-mail cordaozinho@hotmail.com

Então... Vamos começar!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Gabi Daqui e Ali

Menininha espevitada

Dança, pula e faz careta
Vezes calma como a brisa
Outras tiro de espoleta
Tem a doçura do mel
E a energia de um cometa

E que toquem as trombetas
Batam tambor e panela
O poeta em verso e rima
Feito cravo com canela
Dá mais sabor a história
Da pequena Gabriela


Dentre as flores a mais bela
Nascidas no mês de abril
Ao cinco, quase seis anos
Digo que nunca se viu
Quem seja mais empenhada
No universo infantil


Pois foi dela que partiu
A idéia de ajudar
Amiguinhos que choravam
Por não quererem entrar
Na escola Escada do Tempo
Esse é o nome do lugar


E mães vinham perguntar
Que é ela afinal
Garotinha educada
Carinhosa e maternal?
Ora! Essa é Gabriela
Uma amiga sem igual!


Não bastasse ser legal
É também inteligente
Adora o mundo dos livros
E até ganhou de presente
De sua tia Ana Lúcia
Um livreto diferente


Que falava sobre dente
E como tudo acontece
Quando o dentinho de leite
De repente amolece
Cai e fica um buraquinho
E outro dente aparece


E Gabi nunca se esquece
De dar amor e carinho
Ao irmãozinho Bernardo
E ao vira lata Chiquinho
Que faz parte da família
Desde muito pequeninho

Pra deixar tudo certinho
Conto aqui nesse momento
Que o pequeno Bernardinho
É bastante ciumento
Se a mamãe beija a Gabi
Ele apronta um tormento


Mas é forte o sentimento
Entre ela e o irmão
Pois todos sabem que a força
É Quem faz a união
E o ciúme do Bernardo
É na verdade paixão


E a vida segue então
Como um livro encantado
E no Rio de janeiro
Que é água pra todo lado
Gabi mergulha na praia
Deixando o corpo molhado


E com seu jeito levado
Que é coisa da idade
Vai fingindo ser mocinha
Demonstrando vaidade
E sempre toda arrumada
Passeia pela cidade


Isso tudo é verdade
É fruto da alegria
Que Gabi sempre divide
Com sua vovó Maria
Com quem sempre faz bagunça
Nas manhãs do dia a dia


E olhe só quem diria
Gabi é mesmo Danada
Brinca de ser professora
Amorosa e dedicada
Ensinando e cantando
Sempre muito afinada


E na longa caminhada
Que Gabi tem nessa vida
À sua mãe Ana Paula
Será sempre agradecida
Que essa dupla mãe e filha
Jamais seja dividida


E preparando a partida
O poeta com amor
Despede-se desejando
Que entre mar, sol e calor
Gabriela ganhe as bênçãos
Desse cristo redentor

Pra Saber Quem é Que é!

Já diz o velho ditado
Que sempre teve razão
É dito que quem vê cara
Não pode ver coração
Então eu peço às criancinhas
Prestem muita atenção

Se alguém se aproxima
E lhe faz oferecido
Um doce ou um brinquedo
Ou algo assim parecido
Desconfie se o sujeito
For alguém desconhecido

Mesmo que essa pessoa
Se mostre muito legal
É melhor tomar cuidado
Pois o perigo é real
Seja na porta da escola
Ou no mundo virtual

Quem avisa amigo é
E não tem nada demais
Há pessoas que são más
E outras que são legais
Pra saber quem é que é
Pergunte sempre aos seus pais

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um Aninho do Guigui

Esse pequeno poema foi escrito em homenagem ao meu filhinho amado que completou seu primeiro aninho de vida.


Então é chegado o dia
Por nós todos esperado
Nosso bebê finalmente
Vai ser homenageado
Hoje é seu aniversário
Um aninho completado

Pra você nosso Guilherme
Eis um bolo recheado
Chocolate com morango
E glacê por todo lado
E também um “parabéns”
Cantado bem afinado

Nessa data emocionante
E que mexe com a gente
Nós seus pais temos certeza
Que você está contente
Em saber que serás sempre
O nosso melhor presente

Palhacinho de Cordel

Palhaço palhacinho
Leva um tapa cai no chão
Nariz de bola vermelho
Um comprido sapatão
Uma cara colorida
Suspensório e calçolão

Pulando no picadeiro
Saltando feito peteca
Quando cai sua cartola
Aparece a careca
Bate uma torta na cara
E se enche de meleca


O palhaço é engraçado
Quando chora e quando não
Ele veio do distante
Mundo da imaginação
O palhaço é o rei do circo
Dono do meu coração

Viva a Mãe Natureza

Esse pequeno poema
Fala da mãe natureza
De toda sua importância
E também sua beleza
Um tesouro valioso
A nossa maior riqueza

Toda criança já sabe
Mas não custa reforçar
Vivemos no planeta terra
Esse é o nosso lugar
E o meio ambiente
Nós devemos preservar

Devemos pois entender
Que não estamos sozinhos
Pois aqui existem rios
Onde moram os peixinhos
E também as nossas matas
Lugar de outros bichinhos

Então vamos todos juntos
Contra a poluição
Erguer a nossa bandeira
Que é a da preservação
Consciência na cabeça
E a paz no coração

O Grampinho e o Chapéu

O vovô e a vovó

Não gostam de confusão
Pedem para seus netinhos
Prestarem muita atenção
Vovô se escreve de um jeito
Que vovó não escreve não


O vovô leva chapéu
A vovó leva grampinho
Pois acento circunflexo
É igual a um chapeuzinho
Na vovó o acento agudo
Deixa tudo bem certinho


São o vovô e a vovó
a nossa grande riqueza
Quando a escrita é correta
Fica melhor com certeza
Pois mais bela fica ainda
Nossa língua portuguesa

Natureza F.C

Essa poesia é um convite para que  todos participem desse time muito especial! é a literatura de cordel jogando pela natureza!


Se o mundo é uma bola
Nós somos os jogadores
São o sol e as estrelas
Poderosos refletores
E a fauna e a flora
Nossos fiéis torcedores

E o nosso uniforme
São colares e cocar
E a nossa estratégia
É não poluir o ar
Somos campeões na terra
Nas montanhas e no mar

Nossas traves não têm redes
Todos jogam na defesa
Evitamos o ataque
A nossa mãe natureza
Não existe impedimento
Pra quem gosta de beleza

Nossa posição é firme
Nosso chute é certeiro
A partida é pela paz
Seja aqui ou no estrangeiro
Nosso hino preferido
É o nacional Brasileiro

Faça você também parte
Dessa equipe de sucesso
Sua força em união
É o preço do ingresso
Sejamos nós os juizes
Pela ordem e progresso

è "Nóis" na Rede!

 Essa poesia foi escrita com a intenção de colocar o universo virtual do adolescente dentro da literatura de cordel.

Ontem era “nóis na fita”
Hoje é “nóis no DVD
Passa o tempo a uva passa
E eu explico pra você
Com a inclusão digital
Ficou fácil “pode crê”!

O mundo dentro da tela
Em casa ou na “lan house”
O nome é mesmo em inglês
Por mais espanto que cause
Quem tinha medo de rato
Não vive mais sem o "mouse"


Seja “e-mail” ou por inteiro
Da até mesmo pra brincar
Novos “games” velhos jogos
Basta pedir pra baixar
Na área do conhecimento
Tudo há de se encontrar


Pelo MSN
Tudo ta conectado
Nas fofocas do “orkut”
Todo mundo ta ligado
Liberando a “web can”
Vê-se até do outro lado


Quem se liga nessa onda
Não há vento que derrube
Navegando na internet
Você faz parte do clube
Que quando rola um video
“Só dá nóis no you tube”

Vaidade Feminina

Essa poesia invade com muito humor o universo das meninas sempre muito vaidosas. Uma maneira de estimular o interesse dos jovens pela literatura de cordel

Veja que coisa mais chata
Essa situação minha
To com minha cara inchada
Por causa de uma espinha
Agora do que adianta
Meu cabelo com chapinha?


Frente ao espelho em desespero
Tentei esconder com base
Mas o mostro não vai embora
Nem com quilos de Acnase
Minha mãe ainda me irrita
Rindo e dizendo que é fase


Eu sei que fica pior
Na medida em que eu espremo
Só existe uma saída
Contra esse horror supremo
Por meu cabelo na cara
E dizer que virei “EMO”


Emo (abreviação do inglês emotional) é um gênero de música derivado do Hardcore. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington

Ao Anjinho Gabriel

Essa poesia de cordel foi feita  em comemoração aos quatro aninhos do menino Gabriel, filho de Ana Isabel e Ronald Ribeiro , novos amigos do Rio de Janeiro e grandes apreciadores da boa e velha literatura.



No ano de dois mil e quatro
Data de sete de julho
Em Recife Pernambuco
Motivo de muito orgulho
Vem ao mundo Gabriel
Pra fazer muito barulho



Com beleza de um anjo
Que despencou lá do céu
Filho de Ronald França
E da mamãe Isabel
O guri de vento em popa
Vai cumprindo seu papel



Sua presença fascina
Olhos refletem pureza
Como um índio curumim
É amante da natureza
Seja na terra ou no mar
Gabriel mostra destreza



Quando a coisa é teatro
E cultura popular
Sua boca enche de riso
Não consegue nem piscar
Joga ainda capoeira
E não cansa de nadar

Sua luz que vem da alma
Enche a todos de esperança
Feito assim um Peter Pan
Com força ao amor se lança
Na sua Terra do Nunca
Todos voltam a ser criança



Nessa data natalícia
Na terra do redentor
Os Ribeiros e da Silva
Louvam por ti muito amor
Seja o doce Gabriel
Feliz como um beija flor

Cordel da Família

Essa quadrinha  foi escrita para as crianças da Casa da Sopa de Araraquara.


Minha família é assim
Outras famílias assado
Mas família hoje é bom
Como era no passado

Eu amo minha família
Da cabeça até o pé
Toda família é gostosa
Do jeitinho que ela é

Tem família que é grande
E família que é pequena
Tem família só de dois
E mesmo assim vale a pena

Vamos amar a família
E guardar bem lá no fundo
O mais belo dos tesouros
Que Deus nos deu nesse mundo

Ao Nosso Bebê

Cordelzinho em homenagem a meu bebê que está crescendo rapidinho e também para a minha esposa amada que será a melhor mãe do mundo!!


Na barriga da mamãe
Bate seu coraçãozinho
Uma semente de amor
De vida e muito carinho
Enviado a nós por Deus
Pra alegrar nosso caminho

Ele é ainda pequenino
Só um centímetro e meio
Mas já mostra sua força
Tornando-se o norteio
Do papai e da mamãe
Que o ama sem receio

Seja bem vindo querido
Nosso bebê tão amado
Seu futuro nascimento
Será muito festejado
Queremos muito você
Junto aqui ao nosso lado

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quadrinha do Natal Brasileiro

Essa histórinha é contada em forma de quadrinha rimada, ou seja, com estrofes de quatro versinhos, diferente da poesia de folheto (Cordel), que exige pelo menos seis versos. Uma gostosa e divertida aventura de Natal, para se ler em família!


Prestem muita atenção
Na história que eu vou contar
De quando papai Noel
Veio aqui nos visitar


Isso mesmo no Brasil!
Na véspera de Natal
Vinte quatro de dezembro
Mil etecétera e tal

Puxado por suas renas
Em seu trenó colorido
O gorducho bom velhinho
Estava mesmo decidido

Conhecer esse país
E tudo que nele tem
Principalmente as crianças
Que tanto lhe querem bem


E viajando alegremente
Pelo imenso céu azul
Papai Noel conheceu
O Brasil de norte a sul


Viu que o povo era festivo
E logo teve surpresa
Quando descendo ao chão
Avistou toda beleza

De uma folia de reis
Com palhaço e bandeira
E até mesmo o bom velhinho
Quis entrar na brincadeira


E já sentindo saudades
De todos se despediu
E usando palavras mágicas
Suas rédeas sacudiu

E foi em um piscar de olhos
Rápido o trenó voou
E Noel deixou pra traz
Um gostoso how how how!


Pois Noel continuou
Sua peregrinação
Mas ficou impressionado
Com o que viu no sertão


Em um pequeno vilarejo
De casinhas pequeninas
Não havia ninguém feliz
Nem meninos nem meninas


Rápido Noel desceu
Para ver tudo de perto
E logo ele percebeu
Que algo não estava certo


Disse então a seus duendes:
_Devem aqui me aguardar
Pois entrarei disfarçado
Pra conhecer o lugar!

Pra não ser reconhecido
O velhinho bonachão
Num simples toque de mágica
Pois chapéu coco e gibão

E montado em um cavalo
Magrinho e sem expressão
Noel ficou parecendo
Com o povo da região


E vagando na cidade
O curioso bom velhinho
Teve logo uma resposta
Ao longo do seu caminho


Viu crianças trabalhando
Trabalhando sem parar
Fosse em fornos de carvão
Ou mandioca a descascar


E Noel disse espantado:
_Isso vai ter que mudar
Criança tem que ser livre
Para correr e brincar


E voltou dizer sorrindo:
_Eu já tenho a solução
Mostrarei a todo mundo
O valor da educação!

E usando sua magia
Fez então o tempo parar
Passando a ensinar a todos
O valor do Beabá

Fingindo ser professor
Vindo de outra cidade
Cantava e ensinava a todos
Com muita propriedade

E como que por milagre
Os pais e as criancinhas
Descobriram o prazer
De se juntar as letrinhas


E todo mundo entendeu
E a alegria foi completa
E todos foram pra rua
A pé ou de bicicleta


Gritando feliz Natal
E até chover já chovia
As feiras e os mercados
Transbordavam alegria

Até que alguém perguntou
_ Professor teu nome é?
E papai improvisou:
_Pai Noel de Jequié!

Nisso vem descendo a serra
Um trio tocando forró
E a festa correu ligeira
Numa farra de dar dó

Papai Noel de fininho
Foi deixando a confusão
Pois faltava pouco tempo
Pra grande celebração

Mas voltando para casa
Uma coisa aconteceu!
A rena mais importante
De repente adoeceu!

Papai Noel precisou
Tomar uma decisão:
_ Tenho que pousar agora
E achar uma solução!

Em uma bela tribo indígena
Desceu com a rena jururu
E contentes indiozinhos
Fizeram uh uh uh!


E o cacique recebeu
Noel com grande alegria
E diante do problema
Disse que lhe ajudaria

Papai Noel disse então:
_ Essa rena é a mais forte
Sem ela não vou voar
Veja que falta de sorte...


A entrega dos presentes
Vai ficar comprometida!
Foi aí que o bom cacique
Encontrou uma saída:

_Olhe e veja bom velhinho
Pois a ajuda é pra já
Evoco à mãe natureza
O encantado Boi Bumbá!

E Noel agradecido
Parte pra sua missão
E o Boi Bumbá sai voando
Mais rápido que um avião


E quando tocaram os sinos
Anunciando o Natal
Todos tinham aos pés das árvores
Um presente bem legal


E esse foi o Natal
Que eu saiba foi o primeiro
Que Noel contou com a ajuda
Do folclore brasileiro

Vida Dura de bebê

Essa poesia é inspirada nas peraltices do meu pequenino filho Guilherme de apenas um aninho. Vocês vão poder ler muitos outros cordeis feito para ele, afinal, ele é meu maior tesouro e meu maior professor! Esse foi escrito quando ele tinha apenas três meses de idade. Espero que gostem!

O meu nome é Guilherme
Tenho três meses de idade
Sou um bebê muito alegre
Isso também é verdade
E só alguém como eu
É que conhece a verdade



Vou contar pra todo mundo
Pra que se possa entender
O que passa na cabeça
De um bebê que ao nascer
Conhece as obrigações
Necessárias pra crescer

Não pensem que é coisa fácil
Ser bebê não é moleza
É sabido que não só
A beleza que põe mesa
E às vezes boas caretas
São preciso com certeza
Resmungar fazer beicinho
Quase ninguém acredita
Mas faz parte do charminho
Pra agradar a visita
E um sorrisinho banguela
Deixa os bebês bem na fita
Quando sinto muita fome
Começo logo a chorar
E rapidinho a mamãe
Me coloca pra mamar
E uma vez barriga cheia
Chega a hora de arrotar
E não para por aí
É muito trabalho duro
Um bebê esperto sabe
Que não se pode dar furo
Cresço logo pro papai
Se preocupar com o futuro
E o que vou dizer agora
Parece até coisa feia
Mas bebê que é bebê
Essa regra na receia
Pra alegria dos papais
Deixar sempre a frauda cheia

Tudo isso pra mostrar
Aos adultos nesse instante
Que todo amor e carinho
Pro bebê nunca é o bastante
Mamá, pum, coco, soninho
Veja que vida estressante!

O Micuim

Olá amiguinhos! Que tal agora lermos juntos uma história!

A pequena criatura
Tinha mãe e tinha pai...
(Assim começa essa história
Uma história que se vai
Pra onde vai toda história
Que da imaginação sai)

Seus pais puderam felizes
Vê-la aprender a andar
Mas sendo eles adultos
Não podiam imaginar
Que sua pequena cria
Podia também falar

Não a fala assim falada
Que ouvimos quando lê
Um professor em voz alta
A cartilha do á-bê-cê
Mas é voz de pensamento
Ou seja voz de bebê

Os pequenos são assim
Quando um pensa outro entende
E por serem pequeninos
Adulto não compreende
Que em conversa de pequeno
O som não se faz presente

É linguagem universal
Mas isso não vem ao caso
E essa aventura começa
Diante de um prato raso
Onde linda descansava
Uma flor dentro de um vaso

Uma flor bem diminuta
Com pétalas amarelas
Com seu caule inclinado
Na direção das janelas
Como se sugasse a luz
Vinda de cada uma delas

Foi a primeira visão
Desse nosso personagem
Desde que ele começou
A sua incrível viagem
Partindo do meu quintal
Chegando a velha garagem

E com voz de pensamento
Fez-se a comunicação
E o tal ser tão pequenino
Pergunta à plantinha então
Quem era a bela miragem
Que lhe roubava a visão

E a florzinha encantada
Entortou-se feito um anzol
E olhando pra baixo disse:
_Já no brilho do arrebol
Sigo o sol que é a luz do céu
O meu nome é Girassol!

E o nosso pequeno herói
Maravilhado sorriu
Pois era a primeira coisa
Mais bonita que ele viu
E depois de admirá-la
Por um bom tempo... Partiu

Entre folhas e pedrinhas
Seguiu rumo à porteira
Onde pôde descansar
À sombra da goiabeira
Que pobre só era galhos
Desfolhada quase inteira

E foi bem num desses galhos
Que ele teve uma surpresa
Pois um ser misterioso
Também dono de beleza
Escondia-se na árvore
Camuflado com destreza

E o bichinho curioso
Duas vezes não pensou
Decidiu juntar coragem
E de uma vez perguntou:
_Quem é você criatura
E porque me assustou?

E o outro também filhote
No alto da árvore nua
Sussurrou em pensamento:
_Boa pergunta essa sua
Uns me chamam Urutau
Mas sou também Mãe-da-Lua

E o nosso pequeno herói
Maravilhado sorriu
Pois era a segunda coisa
Mais bonita que ele viu
E depois de admirá-la
Por um bom tempo... Partiu

Dessa vez por rente a cerca
Feita de arame farpado
Pregado em velhos mourões
De madeira lado a lado
Tal qual um ser incansável
Seguiu firme e empolgado

Foi quando o vento lhe trouxe
Com mãos de uma brisa leve
Um cantar de som melódico
Vezes longo vezes breve
E descobrir de onde vinha
O bichinho então se atreve

Embrenhou-se no capim
Atravessou o galinheiro
Mergulhou na poça d’água
Saindo aos pés do chiqueiro
Onde um ser feliz cantava
Banhando-se num lateiro

Grande emoção era aquela
Ver outro ser pequenino
Que no ar se equilibrava
Sob a luz do sol a pino
Brilhando assim feito ouro
Soprando um cantar divino

O pequeno viajante
Atreveu-se a interromper
Do outro a bela cantoria
Pra que pudesse saber
O que ou quem era aquele
Que alegrava o seu viver

E o ser voante e ligeiro
O seu cantar logo encerra
Nas bordas da velha lata
Pé ante pé ele emperra
Dizendo em voz de silêncio
_Sou uma Canário da Terra!

E o nosso pequeno herói
Maravilhado sorriu
Pois era a terceira coisa
Mais bonita que ele viu
E depois de admirá-la
Por um bom tempo... Partiu

Seguiu de volta pra casa
E contou tudo pra mim
Sobre a terra, lua e sol
Sobre esse universo enfim
Onde é lindo se viver
Mesmo sendo um Micuim

Um carrapatinho Estrela
Que não sei se é ele ou ela
Que há pouco veio morar
No osso da minha canela
E enquanto coço a coitada
Vislumbro o céu da janela

E assim termina essa história
De universos coisa e tal
Nas histórias e universos
É coisa mesmo normal
O começo ir de encontro
A um simples ponto final.

Julia, Julinha!

Essa poesia é em homenagem a minha amada sobrinha que mora em Jundiaí


Uns me chamam de Jujuba
Outros dizem Juca bala
Mas falar que sou Juju
É só minha vó quem fala
E como não digo nada
Bem consente quem se cala


O meu pai se chama Alípio
E tem cara emburrada
Minha mãe é a Iracema
Que não esquenta com nada
E se opostos se atraem
Desvendou-se essa charada


Todos me dão apelidos
E confesso que não ligo
Pois ainda sou criança
E nisso não há perigo
Mas quem quer saber meu nome
Com muito prazer lhe digo


Sou do interior paulista
Território Brasileiro
Cidade de Jundiaí
Povo bom e hospitaleiro
Julia Pires de Almeida
É assim meu nome inteiro

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Cordel Contra a Dengue

Vamos falar de um assunto
Que é mesmo muito importante
Temos que ser rapidinhos
Não perder nenhum instante
Pois na guerra contra a dengue
Nunca se faz o bastante

Os ovinhos do mosquito
Você pode encontrar
Bem ali no seu quintal
Em tudo quanto é lugar
Basta que tenha lixinho
Que água possa acumular

Pneus velhos e garrafas
Se não forem bem guardados
Servirão de criadouros
Dos mosquitinhos danados
Que uma vez picando a gente
Deixa-nos adoentados

Seja em casa ou na escola
Temos que tomar cuidado
Pois nos vasos das plantinhas
Deve ser depositado
No lugar da água areia
Que dá melhor resultado

Avisemos aos papais
Para em casa procurar
Limpar muito bem as calhas
E as caixas d’água lavar
Nessa luta contra a dengue
Todos devem ajudar

Faça então a sua parte
E convide seu vizinho
Nossa união faz a força
Contra esse mosquitinho
É nosso dever cuidar
Da saúde com carinho